quarta-feira, 29 de outubro de 2008

- VELOZES E FURIOSOS


Têm dias que saímos de casa felizinhos, sem estresses, sem muitas aspirações para o dia, sem muitas tarefas ou grandes expectativas.

Outro dia acordei assim. Feliz, coloquei minhas músicas preferidas, cantei, dancei, me arrumei e saí de casa. Mais um dia pela frente.

Aparentemente tudo bem, normal. Dei um pulo no trabalho, me estressei um pouquinho, mas nada que me tirasse o bom humor.

No caminho um cara vem limpar o vidro do meu carro. Não quero, faço com a mão. Não, nãããããããããão. Tarde demais, aquela água suja com sabão por todo carro. Limpei o pára-brisa e respirei fundo. Segui meu rumo.

Fui pra aula. Chegando em Copa, um suplício pra arrumar uma vaga. Opa, ali. Vem o flanelinha. - Moço, cadê o talão? “Ah, não entregaram hoje.” - É, engraçado, nunca entregam. Vou ficar sem talão, e se meu carro for rebocado? “ Não, rebocam não.” - É, mas eu tô sem talão, vai saber. Enfim, estacionei já irritada por ter que brigar por uma coisa que eu tenho direito. E pior, fico com meu carro irregular, porque um infeliz está burlando a lei e ainda tenta me colocar de conivente. Saco.

Mais tarde, quando volto, já é outro o flanelinha. Vem me cobrar. Falei: olha, o rapaz que estava aqui antes falou que não tinha talão, eu pedi à beça. Vou pagar não. O infeliz: “Eu tenho talão. Aqui, vou fazer pra você.” – AGORA? Agora, que eu tô indo embora? Fiquei sujeita a ser rebocada por duas horas porque vocês não quiseram fazer o serviço direito e ainda vem me cobrar? Não não. Vou pagar não. Vocês só têm talão quando convém. O cara pra mim: “Olha aqui, você usou a vaga e tem que pagar por ela.” - Mas eu pedi o talão. Não me furtei de pagar quando cheguei!! Onde estava o talããããããããããããããããããooooo? Que raaaaiva. Acelerei e fui embora. Fugi. Não vou pagar não! Revolta total. Me senti uma criminosa.

Chegando perto de casa, vem um menino colocar aquelas balinhas no meu retrovisor. Meu carro ainda nem tinha parado no sinal, eu estava ainda desacelerando, mas na pressa do garoto, o saquinho das balas cai no chão. Ele vira e olha pra mim com maior cara feia de raiva, porque meu carro tava ainda andando. Pensei: hei, mas eu não tava ainda nem perto do carro da frente. E eu não queeeeero balinhas!!

Ai, num me mexeeeeee.

Tava feliz da vida, quietinha, na minha, e nego vem me perturbar o dia inteiro?! Gente chata. Nem preciso dizer que o bom humor foi pra cucuia, né?!

Dani Uzeda

2 comentários:

Anônimo disse...

Chegou em casa batendo o pé ? Bem Dani mesmo !!!!

Dani U. disse...

Bufando, amiga. Bufando.